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DIAL P FOR POPCORN

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Não faço previsões


Mais logo decorre a entrega dos Emmys, os prémios major da televisão americana (como o João já fez questão de relembrar) e para variar, este ano, não faço previsões. Não as faço porque, pela primeira vez desde que comecei a acompanhar atentamente, não vou seguir a cerimónia. 


Ao invés de fazer apostas, vou deixar cá cinco desejos para logo (não interessa se se realizam ou não):


"Mad Men" vence de novo e vira recordista de Emmys para Melhor Drama: olhem, eu sou um confesso admirador de todos os nomeados da categoria (menos "Downton Abbey", que segunda temporada desastrosa!) e até considerava dar o prémio a todos. "Breaking Bad" e "Homeland" são ferozes competidores, de facto, mas o drama de época de Matthew Weiner continua a ser do mais alto quilate de produção televisiva. A quinta temporada é capaz de ser a minha favorita, em pé de igualdade com a enorme terceira temporada e assim sendo não hesito em dar-lhe, mais uma vez, o título de melhor série da televisão norte-americana. Uma achega: "The Good Wife" devia estar entre estes nomeados. Enfim.


Amy Poehler vença algum dos prémios para o qual está nomeada: é assim, eu não sou muito de defender que se apele a factores externos para justificar uma vitória neste tipo de cerimónias, mas se há alguém que merece que se tenha um bocado de pena do que se passa na vida pessoal e se aproveite e se premeie essa pessoa com um troféu, é Amy Poehler. Isto porque na categoria de Melhor Actriz, não há uma concorrente melhor que ela. Sim, também gosto da Julia Louis-Dreyfus no "Veep", mas o episódio que submeteu foi o único em que achei que a usaram no máximo das suas capacidades. A Melissa McCarthy e a Tina Fey estão nas nomeadas para fazer figura (se bem que Tina tem um episódio excepcionalmente bom este ano, fosse para o ano e era ela que vencia, por ser a última temporada de "30 Rock"), a Edie Falco foi nomeada para premiar a melhoria substancial da série dela este ano e a Zooey tem mais anos para ganhar (a isto junta-se o facto que meia Hollywood - aliás, meio mundo - a acha irritante). Portanto resta a Lena Dunham. Pessoal, eu gosto muito de "Girls", é muito bem escrita e realizada, mas a Lena Dunham, apesar de competente, não é das melhores actrizes de sempre. Já na outra categoria a que vai a votos, Poehler só perde para Chris McKenna ("Community"), mas tendo em conta aparentemente que tem vindo a crescer um  movimento anti-"Modern Family" (mais um ano ou dois e a coisa começa a estalar) e um Emmy para "Community" seria quase um sinal do apocalipse, vá lá, se roubarem o Emmy à Amy para Melhor Actriz, ao menos dêem-lhe para Melhor Escrita.


Eu adoro o Jim Parsons, mas por favor não lhe dêem outro Emmy: é assim, o Jim Parsons é bestial e um excelente actor, mas o Sheldon Cooper este ano parecia ter quase saído de um cartoon, de tão estereotipado que é. Salvo um ou outro episódio com alguma profundidade emocional, o Sheldon só apareceu este ano para inúmeras punchlines e ser motivo de risota pelos seus pânicos e medos habituais. Numa categoria que tem o Larry David mais acessível de sempre, um Louis C.K. de luxo e uma estrela de cinema como Don Cheadle numa interpretação bastante curiosa em "House of Lies" (nem peguemos em Jon Cryer e Alec Baldwin), é um insulto que se dê um terceiro Emmy a Parsons (ele que roubou um Emmy a Carell o ano passado) por brincar com um tambor. No. way.


Finalmente, um prémio grande da indústria para Julianne Moore: é um escândalo que esta mulher não tenha um Globo de Ouro, um Óscar, um BAFTA e um SAG com o seu nome gravado por "Far From Heaven". Nem preciso de escrever mais, a sua Sarah Palin vai para a história como uma das grandes interpretações televisivas não só do ano, mas da década. Se a Nicole Kidman lhe rouba o Emmy (ou a Connie Britton, também) por uma interpretação tão hórrida como a dela no telefilme "Hemingway and Gellhorn", lamento dizer que a sanidade da Academia está por um fio.


Proibir mais vitórias de "Modern Family" nas categorias secundárias: olhem, eu gosto de "Modern Family". Não sou o maior defensor da série, é um facto, acho que a terceira temporada foi na maior parte das vezes intragável mas quando a comédia funciona, é do melhor que há em televisão. Dito isto: estou farto que a Academia ache que todos os actores têm que ser nomeados. Não fizeram isso com "Friends", por exemplo. Não fizeram isso com "Sex & the City", "Will & Grace", "Seinfeld", "Cheers"... e a lista continua. O último exemplo recente que me lembro desta situação é o de "Everybody Loves Raymond" e o de "Frasier", que passavam a vida a entupir categorias onde actores muito melhores caberiam. Por favor, quem me disser que a Patricia Heaton mereceu os dois Emmys e as mil nomeações que teve acima da Courteney Cox, por exemplo, que se atire para dentro de um poço e lá fique. Voltando a "Modern Family"... Gente, eu acho que  o Ty Burrell, a Julie Bowen e o Eric Stonestreet merecem ser nomeados. E mereceram as três nomeações e a vitória que conseguiram. A sério que acho. Mas os outros? São típicas nomeações por arrasto. Estou para ver quando vai acabar e que consequências isso tem. Por exemplo, se isto continua mais um ano e "Parks & Recreation" for cancelado para o ano, vamos ter uma das personagens mais extraordinárias da televisão actual - Ron Swanson - completamente ignorado pela Academia, que preferiu abrir umas vagas para mais uns tristes de "Modern Family" não se sentirem excluídos? Santa paciência! Por tudo isto, eu peço à Academia que se lembre de dar o prémio ao Max Greenfield (era tão lindo!) e à Kristen Wiig. Os dois merecem. Muito. E são as melhores interpretações das suas categorias. Provavelmente ganharão de novo Ty e Julie, o que para mim também está muito bem.


E vocês: que cinco desejos esperam ver cumpridos na noite de hoje? Alguma surpresa que prevêem?




DAFA TV 2011: Melhor Actriz e Actor - Drama


Vamos terminar hoje estes prémios, com as três categorias de Drama que faltam. Cá vão mais duas: MELHOR ACTOR e MELHOR ACTRIZ - DRAMA. Habitualmente, atribuo estes prémios no final da temporada de televisão de 2011 (Verão). Este ano, decidi fazer diferente e copiar, por assim dizer, o modelo dos Globos de Ouro, só atribuindo os prémios depois das novas estreias de 2011.


MELHOR ACTRIZ - DRAMA



Connie Britton / FRIDAY NIGHT LIGHTS
Toni Collette / UNITED STATES OF TARA #3
Julianna Margulies / THE GOOD WIFE  #1
Elisabeth Moss / MAD MEN   #2
Katey Sagal / SONS OF ANARCHY
Anna Torv / FRINGE


Muito fácil explicar estas seis escolhas. Sempre admiti que não gosto de Anna Torv e mantenho a minha opinião. Só que é impossível fugir a nomeá-la pela última temporada de "Fringe", onde a actriz finalmente mostrou talento e versatilidade, interpretando três (quatro) papéis diferentes, todos com imensa qualidade e variedade. Katey Sagal nunca iria espantar tanto quando a sua história da violação da segunda temporada, mas o que ela fez na terceira e na quarta temporadas de "Sons of Anarchy" é mais que suficiente para voltar a ser nomeada nos meus prémios. Não podia deixar passar a oportunidade de nomear pela última vez Connie Britton, excelente em "Friday Night Lights". Kyle Chandler, que interpretava o seu marido na série, era de facto a interpretação mais vistosa, com maiores momentos de explosão, mas o que fica por dizer na expressão de Britton quando reage às diferentes situações com que se depara é de uma magistralidade ímpar. Uma enorme actriz. Toni Collette é nomeada este ano na categoria que merece, dada a mudança de tom da sua série, muito mais dramática e pouquíssimo cómica. Collette é uma enorme actriz, que alterna eximiamente a sua expressão frívola e impenetrável enquanto Bryce e a docilidade e infantilidade de Chicken, com todas as outras personalidades a aparecer ao mesmo tempo e a actriz sempre no controlo, mantendo uma distinta barreira entre cada uma delas e desenhando individualmente cada personagem muito bem. Uma obra-prima, este interpretação, que por vezes é muito subtil, outras muito exagerada, mas que funciona. Falemos agora de Julianna Margulies. Uma mestra da arte da representação, gigante na forma como comanda o ecrã mesmo quando a cena não lhe pertence, sábia na hora de escolher quando retrair as suas emoções e quando as soltar. Igualmente brilhante é Elisabeth Moss, uma digna vencida. Só pelo "The Suitcase" merecia mil prémios. Se tomarmos "Mad Men" como um jogo de xadrez, então Moss é o bispo para o rei que é Jon Hamm. Uma interpretação não subsiste sem a outra e é por isso que desde a primeira temporada vivemos para ver mais momentos entre Don e Peggy.


MELHOR ACTOR - DRAMA


Bryan Cranston / BREAKING BAD  #1
Kyle Chandler / FRIDAY NIGHT LIGHTS
Jon Hamm / MAD MEN  #2
Peter Krause / PARENTHOOD
Timothy Olyphant / JUSTIFIED   #3
Wendell Pierce / TREME


Que dizer destes seis senhores? Todos brilhantes, soberbos, sublimes. Chandler impressionou com a sua naturalidade e carisma em "Friday Night Lights" e aquele último discurso em "Always" é algo que nunca vou esquecer; Hamm e o seu Don Draper apareceram finalmente devastados e fragilizados em "Mad Men" a sucumbir perante a pressão do casamento, do trabalho e dos segredos que oculta; Krause é o estóico e silencioso herói de "Parenthood", com o seu Adam a ser pilar de toda a gente mas a precisar de alguém que sirva de pilar a ele próprio, prestes a desmoronar; não há já palavras para falar de Cranston em "Breaking Bad", de uma profundidade, virtuosidade e complexidade incríveis de um actor que encontrou em Walter White a performance de uma vida; Olyphant e o seu Raylan são de uma classe e magnetismo que não são deste planeta, o que só nos faz dar mais valor a esta interpretação, que não é parca em momentos de puro génio e inspiração; Pierce é poderoso e dá outra vida e agitação a "Treme" quando surge em cena. Para que se note o quão forte esta lista é, de fora ficaram Steve Buscemi ("Boardwalk Empire"), Michael C. Hall ("Dexter"), Holt McCallany ("Lights Out"), Charlie Hunnam ("Sons of Anarchy"), Andrew Lincoln ("The Walking Dead") e Sean Bean ("Game of Thrones").

DAFA TV 2011: Melhor Série - Comédia

Terminamos hoje as categorias de Comédia hoje com MELHOR SÉRIE - COMÉDIA. Habitualmente, atribuo estes prémios no final da temporada de televisão de 2011 (Verão). Este ano, decidi fazer diferente e copiar, por assim dizer, o modelo dos Globos de Ouro, só atribuindo os prémios depois das novas estreias de 2011.

Os meus nomeados são:

MELHOR SÉRIE - COMÉDIA




ARCHER  #2
COUGAR TOWN
LOUIE
PARKS & RECREATION   #1
SHAMELESS  #3
THE BIG BANG THEORY


FINALISTAS: "Modern Family" perdeu consistência; por outro lado, procurou que soubéssemos mais sobre as suas personagens, portanto é natural que a série não atinja nunca mais o brilhantismo da primeira temporada (mas quando funciona, a série resulta em grande). "Raising Hope" esteve perto da nomeação mas na falta de momentos memoráveis pecou, uma vez que esta é uma série para se seguir atentamente, pois vai premiando espectadores atentos com pequenos pormenores e chamadas de atenção para episódios anteriores. E é uma série mais sentimental que cómica. "The Big C" não é bem uma comédia e só por isso não está nomeada (isto porque também não é um drama e é definitivamente mais cómico que trágico). O que faz, contudo, faz bem. "Community" alternou entre o muito bom, o bom, o razoável e, mais vezes do que devia, desceu à normalidade o que, para uma comédia que pauta pela diferença, não auspicia a coisa boa. Felizmente, melhorou muito já este ano de 2011-2012.

NOMEADOS: Não houve série tão consistente e substancialmente hilariante como "Parks & Recreation" o ano passado por isso o vencedor desta categoria decidiu-se facilmente. "Shameless" é completamente louco e alucinante, mas também muito viciante e imperdível. Tão disfuncional e aventureira (algumas vezes roça o ridículo) quanto a família que a série acompanha. "Archer" vem da mente genial de Adam Reed, que faz comédia de chorar a rir com as situações mais sérias e impensáveis possíveis. Funciona em pleno porque os actores que emprestam as vozes às personagens, além de encaixarem que nem uma luva, são brilhantes, todos eles. "The Big Bang Theory" manteve-se engraçado mas subiu o jogo, utilizando o versátil elenco ao dispor - adicionando Mayim Blahik - para elevar o nível da comédia, que continuou tão inteligente quanto antes mas adquiriu uma acutilância ímpar esta temporada (praticamente todas as piadas resultavam). "Cougar Town" é inexplicável para quem não vê - tem um coração gigante, é de uma alegria e felicidade contagiantes e tem genuína piada para quem acompanha, porque usa e abusa de piadas internas, de exploração das personagens e funciona porque todos os momentos encaixam uns nos outros com precisão. Só quem vê semanalmente percebe o quão especial a série é. "Louie" é inspirada, refrescante, entusiasmante e, quando encontrou o seu ritmo a meio da primeira temporada, começou a produzir do melhor humor visto em televisão, fugindo de uma vez por todas ao rótulo de "nova Seinfeld".

EXTRA: Se hipoteticamente incluísse as novas séries como possíveis candidatos a nomeação (que não o faço), mudaria alguma coisa? Provavelmente "Cougar Town" sairia para dar lugar a "Enlightened", que talvez venceria também Melhor Actriz (Laura Dern) - e provavelmente vencerá, daqui a um ano.


Quais as vossas nomeadas para melhor comédia?


DAFA TV 2011: Melhor Actriz e Actor - Comédia

Mais duas categorias: MELHOR ACTOR e MELHOR ACTRIZ - COMÉDIA. Habitualmente, atribuo estes prémios no final da temporada de televisão de 2011 (Verão). Este ano, decidi fazer diferente e copiar, por assim dizer, o modelo dos Globos de Ouro, só atribuindo os prémios depois das novas estreias de 2011.

Os meus nomeados são:


MELHOR ACTOR - COMÉDIA


H. Jon Benjamin / ARCHER  #3
Thomas Jane / HUNG
William H. Macy / SHAMELESS  #1
Stephen Mangan / EPISODES
Jim Parsons / THE BIG BANG THEORY   #2
Jason Schwartzmann / BORED TO DEATH


Se eu tivesse atribuído estes prémios no Verão do ano passado como era suposto, o vencedor era Matthew Perry por "Mr. Sunshine", que infelizmente não teve pernas para andar e acabou cancelada pela ABC. Assim... o prémio fica também bem entregue a Macy, que se transcende no papel de Frank Gallagher, abraçando o lado negro da sua personagem e entregando-se de corpo e alma ao pobre - e muito bêbedo - pai de família que nem tenta - nem quer - fazer o melhor pelos filhos. Macy consegue o impossível: levar-nos a gostar de Frank, a apreciar o quão horrível ele é com os filhos e a aplaudir todos os incríveis esforços que ele emprega para arranjar mais álcool e droga. Jim Parsons era um óbvio segundo, uma vez que apesar de ele já não carregar "The Big Bang Theory" tanto às costas (a série finalmente aprendeu a usar o seu excelente elenco), é (quase) sempre dele que surgem as melhores tiradas, as ideias mais mirabolantes e o estilo de comédia que nos faz voltar à série, semana após semana. O seu emparelhamento com Mayim Blahik foi de génio. Thomas Jane nem sempre é valorizado como devia pela forma como soube despir-se do preconceito que é interpretar um homem normal, professor de educação física que leva uma vida secreta como prostituto com material avantajado e divertir-se com ele, nunca se esquecendo que não é preciso um comediante comprometer-se com cenas mais ousadas e que a piada está nas situações que enfrenta, não na sua identidade. O que H. Jon Benjamin faz tem de ser premiado algures. E como eu não tenho uma categoria de melhor voice-over, é como actor que eu o tenho de julgar. Sterling Archer é das maiores criações da comédia norte-americana dos últimos tempos, seja animada ou real. Archer devia ser odiado por quem vê a série, uma vez que é capaz de ser o homem mais cabeçudo à face desta Terra. Era suposto isto ser assim. Mas porque Archer ganha vida através da charmosa e confiante voz de Benjamin, vemo-nos obrigados a rir com os insultos que profere e a aceitar que é impossível não gostar do homem. Schartzmann é o rei no que toca a exibir entusiasmo pelas coisas mais ridiculamente mundanas e aborrecidas possíveis. Uma grande parte do sucesso de "Bored to Death" deve-se a ele, porque ele torna-o uma série muito melhor. Falta-me falar de Mangan, a verdadeira estrela de "Episodes". Não houve uma tirada dele que não me tenha feito rir. LeBlanc pode ter impressionado muitos com a forma como goza consigo próprio e Greig é de facto excelente também, mas Mangan, entre o desespero de aturar as zangas de LeBlanc e da mulher e das confusões em que ambos o enfiaram, o entusiasmo perante os excessos que a estação norte americana lhes põe à disposição e pelo ar excitadíssimo com que aceitou a sua nova vida em Hollywood, foi de facto a grande revelação cómica do ano.


MELHOR ACTRIZ - COMÉDIA



Courteney Cox / COUGAR TOWN  #3
Patricia Heaton / THE MIDDLE
Laura Linney / THE BIG C
Martha Plimpton / RAISING HOPE  #2
Amy Poehler / PARKS & RECREATION  #1
Emmy Rossum / SHAMELESS

O dia em que eu parar de apregoar que Courteney Cox é uma das sete melhores comediantes femininas em televisão na actualidade (as outras sendo Poehler, Fey, Rudolph, Wiig, Kudrow e Plimpton) é melhor que me dêem com uma marreta pois não devo estar muito bem. Cox era excelente em "Friends", continuou impecável em "Dirt" e agora em "Cougar Town" volta a exceder-se, com uma personagem madura e mais complexa mas que partilha com a "sua" Monica Geller a instabilidade emocional e a necessidade patológica de servir os outros. Estou para ver o que mais é preciso para ela ganhar um Emmy. Já outra que tinha um Emmy pré-fabricado à sua espera o ano passado era Laura Linney, depois do enorme desempenho em "The Big C" o ano passado, onde alternou entre tristeza e alegria, esperança e desilusão com uma facilidade estonteante. O destino, contudo, foi cruel e Melissa McCarthy, da mesma forma que 'sacou' uma nomeação para os Óscares, 'sacou' a nomeação e depois a vitória nos Emmy (roubadinha, diga-se, a Linney e à próxima nomeada). Este ano Linney manteve a qualidade a que nos habituou mas juntou mais versatilidade cómica, algo que lhe tinha faltado, a meu ver, em 2010-2011. Não podemos, todavia, falar de premiar alguém nesta categoria sem lembrar Amy Poehler. Que esta mulher tenha visto passar três corridas aos Emmy e não tenha vencido nenhuma é imperdoável. Leslie Knope partilha com todos nós uma obsessiva - e única - paixão pelo governo, surgindo em cada cena luminosa, infecciosamente alegre e explorando inteligentemente os vários lados da sua personagem, que nem sempre são positivos. Rossum revelou-se uma comediante bastante dotada em "Shameless", algo que nunca havia antecipado. Destemida e com uma inestimável alma, a sua Fiona é o furacão que domina tudo e todos para manter a casa Gallagher em funcionamento - mesmo que ela não se sinta, muitas vezes, capaz de o fazer. Nem toda a gente aprecia Heaton. Eu detestava "Everybody Loves Raymond", por exemplo, e que ela tenha vencido dois Emmy pela série quando outros (Cox, Kaczmarek) não têm nenhum dói imenso, ainda hoje. Ainda assim, "The Middle" dá-nos uma dose saudável da comédia de Heaton e lá, tenho de admitir, gosto imenso dela. A sua exasperada matriarca Frankie partilha, aliás, muitas semelhanças com a Lois de Kaczmarek ("Malcolm in the Middle"): ambas são firmes, histéricas e complicadas, mas pela sua família fazem tudo, inclusive as coisas mais estapafúrdias possíveis. "Raising Hope", como disse quando falei de Dillahunt, é uma série especial. A família Chance é genial e acima de todos a nível cómico está Plimpton (um casting pelo qual tenho de congratular Greg Garcia). O espírito positivo e a atitude descomplicada de Plimpton ao abordar Virginia coloca-nos mais próximos dela e, deste modo, faz-nos apreciar ainda mais cada nuance da sua interpretação, que já é, só de si, espectacular. As ordinarices que esta mulher cospe da boca deviam correr tumblrs por esse mundo fora, como por exemplo: "I'm sure somewhere out there there is a woman that wants to be lured into your apartment to find you naked. Maybe you should try Greg's List!" ou " Jimmy, if you don't make a move soon, you're gonna get stuck in the Friend Zone. And that is a real thing, I saw it on Friends. Ross and Rachel were stuck in it; it made for some good episodes, but poor Ross was in hell.".


E para vocês, quem são os melhores comediantes a protagonizar séries na televisão?

DAFA TV 2011: Melhor Actriz e Actor Secundário - Drama

Depois de termos abordado as minhas escolhas para Melhores Novas Séries e os meus nomeados (e vencedores) para Melhor Actor e Actriz Secundários em Comédia, venho hoje com mais duas categorias, homónimas das do último artigo mas na categoria de drama: MELHOR ACTOR SECUNDÁRIO - DRAMA  e MELHOR ACTRIZ SECUNDÁRIA - DRAMA. Habitualmente, atribuo estes prémios no final da temporada de televisão de 2011 (Verão). Este ano, decidi fazer diferente e copiar, por assim dizer, o modelo dos Globos de Ouro, só atribuindo os prémios depois das novas estreias de 2011.

Os meus nomeados são:

MELHOR ACTOR SECUNDÁRIO - DRAMA


Alan Cumming / THE GOOD WIFE   #1
Peter Dinklage / GAME OF THRONES
Walton Goggins / JUSTIFIED   #3
Shawn Hatosy / SOUTHLAND
John Noble / FRINGE   
Aaron Paul / BREAKING BAD  #2



Seis escolhas fáceis de explicar: Dinklage foi presenteado com a melhor personagem de "Game of Thrones", mas isso não o impediu de transformar Tyrion Lannister em algo muito seu, rico em profundidade, carisma e presença. A sua cena na corte da Casa Arryn? Inesquecível. Cumming foi justamente nomeado para um segundo Emmy o ano passado (e sê-lo-á muito seguramente para um terceiro este ano) pelo seu Eli Gold. Não há personagem nem tão mordaz nem tão excêntrica quanto esta. Eli Gold poderia ter ido parar a muitos actores capazes que fariam um bom trabalho com a personagem. Contudo, esta foi cair nas mãos de Alan Cumming, que é um dos seres humanos mais absolutamente fascinantes que há. O resultado: Eli Gold torna qualquer cena em que aparece melhor pela sua mera aparição.  A vontade dos fãs de verem premiado John Noble ressoa muito em mim. Porque o homem, caramba, merece. Não há ninguém na televisão que tão facilmente consegue desdobrar a sua personagem e mutá-la numa coisa completamente diferente, ao mesmo tempo que com tanta leveza habita a sua personagem. Pena que a ficção científica não seja muito respeitada. Vamos agora pausar para falar de "Justified", sim? Uma série que transpira classe por todos os poros. Que Timothy Olyphant é excelente e Margo Martindale transcendente, todos sabemos. Não vejo é muita gente elogiar o restante elenco, de Natalie Zea a Jeremy Davies e, sim, Walton Goggins. Que maravilha foi vê-lo nomeado o ano passado para o Emmy.  Boyd é a arma secreta da série. É o cabrão mais complicado de entender que há em Harlan, imprevisível como um raio, um criminoso do mais rasca que existe mas que exibe traços de humanidade quando encostado à parede. Finalmente, Hatosy. "Southland" é das séries mais menosprezadas da televisão americana e, infelizmente, é uma das mais sensacionais séries policiais da última década. O ano passado, Bryant teve que lidar com o fim do seu casamento, um bebé que possivelmente não era seu e ver o seu parceiro ser morto. Hatosy fugiu ao melodrama e optou por nos deixar penetrar no seu íntimo, na sua alma, tornando as suas cenas simultaneamente difíceis de ver mas impossíveis de não experienciar. Desde "Peekaboo" que tenho Aaron Paul em muito boa conta. Como "Breaking Bad", o actor foi evoluindo e a sua interpretação melhora cada vez mais, mais detalhada, mais profunda, mais impregnada de magnetismo, de carisma, de presença. Um homem autêntico e real, que paga bem caro os erros (infantis, próprios da idade) que comete. Pinkman é extraordinário, mas o actor que o interpreta não o é menos.

MELHOR ACTRIZ SECUNDÁRIA - DRAMA


Khandi Alexander / TREME   #3
Emilia Clarke / GAME OF THRONES
Regina King / SOUTHLAND
Margo Martindale / JUSTIFIED   #1
Archie Panjabi / THE GOOD WIFE  #2
Mae Whitman / PARENTHOOD

Esta categoria é Margo Martindale e depois todas as restantes. Martindale chega a "Justified" como um vulcão em erupção, enganando toda a gente com a sua doçura e o seu ar pacato de avó simpática nunca mostrando que por detrás dessa gentileza está um dos piores e mais temíveis vilões da televisão dos últimos anos. Brilhante. Panjabi continuou intrigante, misteriosa e poderosa, enquanto a vimos ser repetidamente atacada pelo novo investigador da firma e pelo segredo que ele desvenda que coloca a sua relação com Alicia na corda bamba (ver Kalinda a chorar foi das cenas mais intensas e emocionais que vi na televisão o ano passado). Levaria facilmente o prémio em qualquer ano não fosse este o ano de Martindale (e que me leva a arrepender ter fugido a premiá-la o ano passado). Khandi Alexander é impecável em "Treme" e se mais gente visse a série ia perceber que a actriz está aqui a anos-luz do seu estereótipo de personagem em "CSI". Whitman faz a sua Amber pulsar de adrenalina adolescente, vivendo todas as emoções à superfície. Um dos maiores trunfos de um actor é saber dizer com a expressão facial tudo aquilo que sente lá dentro. Whitman fá-lo com uma facilidade tremenda e torna a sua química com Lauren Graham, sua mãe na série e também ela uma profissional a dizer as coisas com o olhar, fantástica de analisar e observar. Duas grandes mulheres. Regina King é das mais sólidas actrizes de elenco que anda pelo pequeno ecrã e eu já penso isto há anos. Em "Southland", foi-lhe permitido florescer uma personagem de superfícies duras, aguçadas, com muito para contar mas com pouca vontade de mostrar. Nestas últimas duas temporadas, a sua detective Lydia, que costuma ser muito composta, calma, confiante e segura de si própria tem sido atirada aos leões, por assim dizer, com casos marcantes, um novo parceiro, traições, romance e tiroteio que permitem a King mostrar de que fibra é feito o seu gene da representação. De "Game of Thrones" tive que ponderar escolher entre Maisie Williams e Emilia Clarke. Depois vi que não podia conscientemente colocar cá Williams sem ter também Kiernan Shipka (a Sally de "Mad Men" esconde um enorme potencial enquanto actriz; espero que aproveite) e ficou Clarke então com o lugar. Não que ela não o mereça, claro, porque só alguém tão impressionante e talentosa como Clarke podia fazer de Daenerys a personagem tão frágil quanto imperiosa que é (não é qualquer mulher que domina Khal Drogo de forma tão majestosa). Além de Williams e Shipka, perto dos nomeados ficaram também a sempre espectacular Christina Hendricks ("Mad Men"), a consistente Natalie Zea ("Justified"), a incandescente Kelly MacDonald ("Boardwalk Empire") e a fogosa Christine Baranski ("The Good Wife").


E para vocês, quem foram os melhores personagens secundários em dramas neste último ano (e meio)?

DAFA 2011: Cinema e Televisão


Dentro de dias pretendo começar as minhas premiações de cinema e televisão para o ano de 2011. Tenho filmes que lamento não ter visto, infelizmente (entre eles "Alps", "Shame", "Weekend", "Margaret", "Pariah", entre outros), filmes que ainda pretendo ver ("Hugo" e "Le Havre", por exemplo) e filmes que não quero, pura e simplesmente, ver (como o novo "Transformers" ou o mais recente "Twilight"). Este ano, juntarei aos prémios de cinema os prémios de televisão, nos moldes do que havia feito em 2010 (não sei se terei tempo para uma crítica extensiva de todas as séries que acompanhei no ano transacto; esperemos que sim mas não prometo nada).

Espero que do meu certame de filmes premiados surjam várias sugestões para leitores que não têm podido acompanhar a cobertura (pobre, ainda assim) da corrida aos Óscares deste ano e, acima de tudo, vou tentar ao máximo nomear e falar de filmes mais desconhecidos, alguns destes estrangeiros, que desta forma possam ganham maior audiência. Eles bem merecem. Espero também conseguir cativar a vossa atenção para algumas séries de inegável qualidade que são mais desconhecidas cá pelo território português.

Com isto quero então pedir: há algum filme (ou série) que pensam que eu tenho que ver antes de compilar os meus prémios? Alguma sugestão que me queiram fazer?

Há um ano, os premiados foram estes - AQUI. Se têm interesse em espreitar todos os nomeados, é só clicarem neste link AQUI que vos levará ao separador dos Dial A For Awards de 2010, de onde "The Social Network" saiu vencedor, com cinco vitórias.




 - Os principais vencedores dos DAFA 2010 -

E este ano? Quem acreditam que vai sair vencedor?

Entourage - The Final Season


É já dia 24 de Julho que começa a oitava (e última) temporada de uma das mais carismáticas séries norte-americanas dos últimos anos. Entourage, a série sobre a extravagante vida da super-estrela de cinema Vincent Chase que marcou uma geração e criou fervorosos fans um pouco por todo o mundo, despede-se agora da televisão antes de um muito aguardado filme, que encerrará de vez a já longa vida desta série. Um fim que chega na altura cerca, porque tudo o que começa, tem um dia que acabar.

MILDRED PIERCE (2011) [HBO]


Numa altura em que a HBO se prepara para iniciar três projectos excitantes com três das maiores actrizes do cinema actual - Gwyneth Paltrow viu finalmente a HBO dar luz verde ao seu tele-filme de 2 partes sobre a vida de Marlene Dietrich; Nicole Kidman está neste momento a filmar o seu tele-filme baseada no casamento de Ernest Hemingway e Martha Gellhorn, com estreia para 2012; e Julianne Moore também vai ver a sua mini-série baseada no livro "Game Change", que relata a campanha presidencial de 2008, estrear provavelmente em 2012, na qual ela interpretará Sarah Palin - acabei por decidir que ia criticar em pleno as cinco partes da mais recente incursão de uma grande actriz de Hollywood nos projectos da HBO: o remake de Todd Haynes de MILDRED PIERCE, com Kate Winslet como o personagem titular.


E penso que será precisamente o facto de ser um remake e ter que se comparar à fabulosa versão de 1945 protagonizada por  Joan Crawford que funciona como a grande desvantagem desta mini-série. Claro que um filme de duas horas é completamente diferente de uma mini-série de mais de cinco. É óbvio. Contudo, a experiência será sempre diferente para quem já viu o filme e para quem não viu. É inevitável comparar - e é inevitável, no fim de contas, decidir a favor do antecessor. Joan Crawford e Ann Blyth são anos-luz melhores que Winslet e Wood, a história é muito mais interessante, muito mais absorvente e atraente e o final é plenamente mais satisfatório que o da mini-série. Infelizmente, é verdade. E custa-me mesmo muito admitir isto, tendo em consideração que sou um adepto fervoroso dos anteriores trabalhos do extraordinariamente dotado realizador Todd Haynes (Velvet Goldmine, Far From Heaven, I'm Not There) - desta vez o resultado final foi-me totalmente indiferente. Não me apaixonou, não me convenceu, não me surpreendeu de nenhuma maneira. Isto não quer dizer, no entanto, que não ache que a mini-série é boa. É. Qualquer produto HBO tem o seu selo de qualidade. O que quero dizer com isto é que não esbocei qualquer reacção à série, algo que me é anti-natura quando vejo um filme de Haynes.


Apesar disto, nem tudo é menos mau. O guarda-roupa de Ann Roth é divino (um trabalho bestial, como de costume), a banda sonora de Carter Burwell é, mais uma vez, deslumbrante (também já é habitual) e o elenco desempenhou as suas funções na perfeição, com classe e estilo, o que também não surpreende dado o talento dos envolvidos. Apesar de bastante diferente da Mildred Pierce confiante e sobrenaturalmente forte de Crawford, Kate Winslet consegue dar-lhe um toque muito pessoal à sua Mildred, transformando-a em mais uma vítima do que uma sobrevivente, criando sempre tensão em cada uma das suas cenas mais tocantes e mostrando sempre bem delineado a luta interna de Mildred entre a sua vida profissional e a pessoal, entre o seu desejo de independência e sucesso e o rebaixamento que a sua filha Veda lhe institui. Melissa Leo e Mare Winningham estão soberbas como Lucy e Ida, confidentes de Mildred, sempre prontas a bem aconselhar e a emprestar uma mão. São papéis pequenos, mas nos quais elas brilham. Já do elenco masculino... Dado o ódio que Guy Pearce me instigou durante toda a mini-série, penso que cumpriu o seu trabalho. Não achei que lhe tivesse sido dado muito que fazer, mas também ele não se esforçou para mais. Brian F. O'Byrne, por seu lado, fez muito com o pouco que lhe foi dado, sendo mesmo, para mim, a melhor interpretação de entre o elenco todo. Falta uma palavra meiga para Evan Rachel Wood e Morgan Turner, as duas intérpretes de Veda Pierce, que jogaram muito bem com os tiques de uma e outra, que fizeram a personagem evoluir de maneira inesperada mas muito madura e matreira e que, cada uma à sua forma, a tornaram muito mais importante do que ela é na história original. 


O que acaba por se notar mais em termos de desfasamento em relação ao original é o cunho muito próprio do realizador. Várias decisões inteligentes acabam por transformar o ritmo do filme, mais lento, mais contemplativo, mais introspectivo, mais intimista. O estilo e a qualidade de Haynes, em comunhão com o seu excelente fotógrafo Edward Lachman (também seu colaborador em Far From Heaven e I'm Not There) fazem o resto. Parecem pintar uma tela belíssima, reluzente, memorável e atrevida nos seus pequenos detalhes, de uma indubitável preciosidade. MILDRED PIERCE de Todd Haynes, tal como TRUE GRIT dos irmãos Coen deste ano, parece funcionar como um santuário, uma dedicatória apaixonada de um realizador talentoso que, fascinado pelo texto quase sagrado em mãos e pela sua pautável admiração pelo seu antecessor, decide criar um projecto de cinco horas em que possa experimentar enquanto realizador ao mesmo tempo que manifesta a sua mais profunda devoção.


MILDRED PIERCE, ao contrário do que possa parecer pela minha crítica, não é mau. É bom. Até muito bom, por vezes. Nunca chega a atingir uma altura em que eu pudesse dizer "adorei isto" mas é, sem qualquer dúvida, um sucesso a todos os níveis. Para quem não viu o filme, então, será sem dúvida apaixonante descobrir e desvendar a cada hora que passa este maravilhoso projecto cinematográfico maduro e curioso. Deixar-se envolver pelas personagens, cujas intenções e história desconhece. Deixar-se levar pelos cenários maravilhosamente voluptuosos, fascinantes, fabulosos. Deixar-se apaixonar pelo talentoso elenco e pelo inequívoco valor e qualidade da produção. Certamente irá ganhar uma montanha de Emmy quando chegarmos a Agosto porque foi feito exactamente para isso. Tem algum propósito para além dos que eu mencionei? Penso que não. Valeu a pena existir? Penso que sim. Haveria necessidade de ter existido? Parece-me que não.

Nota Final:
B

Notas Parciais:
Parte 1 - B
Parte 2 - B-
Parte 3 - B+
Parte 4 - B-
Parte 5 - B+


O Ano em Revista: As Melhores Novas Séries


Quase que não dava para eu fazer, sequer, uma lista com os dez melhores. A temporada de 2010-2011 foi realmente fraca em séries de qualidade. Depois de ter visto os pilotos quase todos (excluí logo uns dez cujo interesse era nulo), chego à conclusão que a programação de qualidade que este novo ano nos trouxe se resume a estas dez séries e pouco mais.


#10: Raising Hope (FOX)


#9: Harry's Law (NBC)


#8: Better with You (ABC)


#7: Lights Out (FX)


#6: The Walking Dead (AMC)


#5: Boardwalk Empire (HBO)


#4: Episodes (SHOWTIME)


#3: Rubicon (AMC)


#2: Terriers (FX)


#1: Shameless US (SHOWTIME)



Dizer só que ainda faltam vários pilotos estrearem, um dos quais é "Body of Proof", que poderá se calhar fazer parte desta lista no Verão, quando revisitar este top ten (outra é "Mr. Sunshine", que acabou de estrear e que eu gostei, mas sobre a qual me parece prematuro tecer comentários). Parece-me que vou espreitar ainda "The Borgias", "Game of Thrones", "Terra Nova" e mais um ou outro, mas pouco mais. Para referência, deixo-vos ficar ainda com a minha escolha de pior drama do ano ("Undercovers") e de pior comédia ("Running Wilde").


E agora pergunto: quais foram as séries que mais gostaram e que mais vos desapontaram este ano?