INSIDE OUT, de Pete Docter e Ronaldo Del Carmen
Não sou adepto de filmes de animação. O último que vi foi o Wall-E sei lá há quantos anos. Mas o cartaz de cinema está uma bosta e até Outubro tudo o que vem à rede é peixe.
Então lá me meti na sala de cinema para ver a versão original de Inside Out. Assim que a Amy Poehler começou a falar senti que as coisas podiam correr bem. E o argumento do filme é realmente vencedor, tanto para miúdos como para graúdos. Enquanto simplifica coisas tão naturais como os sentimentos ou as reações infantis, constrói um poderoso e complexo universo de pequenas criaturas, cada uma com o seu caderno de encargos sentimentais, que habitam no centro sistema nervoso das personagens.
Neste pequeno (grande) filme de bonecada há de tudo. Desde o mais primário dos sentimentos (o amor incondicional que nasce com uma criança) até às reações explosivas do principio da adolescência. E passa pela guerra dos sexos enquanto o desafia esterótipos. Tudo isto sem esquecer, claro, a qualidade técnica do filme - será que algum dia a Pixar vai parar de melhorar?