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DIAL P FOR POPCORN

DIAL P FOR POPCORN

ÚLTIMA HORA: "True Grit", "The King's Speech", entre outros!

Bem, não é propriamente "última hora!" porque alguns destes trailers já têm algum tempo, mas como eu tenho vindo a adiar a sua publicação (pouco tempo livre...), juntei-os agora todos. Vão-me perdoar se já os tiverem visto noutros sítios. Peço desculpa pelo meu atraso em retornar ao blogue mas acho que já vou voltar a ter tempo para publicação regular.


"CASINO JACK"

"Casino Jack" é suposto ser plataforma de lançamento para Kevin Spacey voltar a ser nomeado para um Óscar. Tem todos os ingredientes necessários: filme biográfico, personagem histriónica, singular e bastante peculiar, história real pertinente no mundo actual e o filme parece ser bom. Contudo, eu não estou muito convencido.




"TRUE GRIT"

Outro que tem vindo a ganhar maior desconfiança da minha parte, dado todo o secretismo em volta da situação, é este remake de "True Grit" por parte dos irmãos Coen. Em teoria, tem tudo para dar certo: irmãos Coen + Jeff Bridges + Josh Brolin + Matt Damon + uma novata, Hailee Steinfeld, em quem recaem grandes expectativas (o filme depende todo dela), mas que para ter sido seleccionada de um casting de milhares tem que ter mostrado alguma coisa + Carter Burwell + Roger Deakins + western = novo sucesso à la "No Country for Old Men"? Veremos.




"THE KING'S SPEECH"

O filme mais criticamente aplaudido este ano, a par de "The Social Network", é este "The King's Speech", que vem fresquinho de vencer o Prémio do Público (People's Choice Award) em Toronto. Claro que nem sempre apoio da crítica + prémios do público em grandes festivais significa glória, mas sempre ajuda imenso, não é verdade? E o facto de ser britânico, de ter um realizador a subir na carreira, de ter um elenco com Firth (na shortlist para ganhar um Óscar a curto-prazo - provavelmente este ano), Rush (na shortlist para nova nomeação há muito tempo) e Bonham-Carter (na shortlist para nova nomeação desde 1999, até porque muitos verão com excelentes olhos esta fuga da filmografia Burton), de ser uma história real que envolve realeza do passado próximo e que é engraçada e interessante devem ser pontos bónus que deverão ajudar a que o filme seja mesmo o foco das atenções da temporada que se vem iniciando. Infelizmente, o trailer é uma mostra pobre das qualidades do filme, segundo o que tenho lido por aí.




"THE FIRST GRADER"

Este intrigou-me. Foi o segundo mais votado no Prémio do Público no Festival de Toronto, tendo perdido para o filme acima mencionado ("The King's Speech") e é uma história verídica inspiracional sobre um homem queniano que aos 84 anos de idade, no primeiro dia de educação primária gratuita do país, surge numa escola, pronto para ser um estudante. O realizador do filme é Justin Chadwick ("The Other Boleyn Girl"). Mesmo não sendo nada de especial, vou tentar deitar um olho a críticas que eventualmente surjam do filme para ver se vale a pena.



"SUPER 8"

O que tem de especial este "Super 8"? Kyle Chandler e Elle Fanning. Realização de J.J. Abrams. Produção de Steven Spielberg. Ficção científica. Sinopse interessante: desastre de comboio em 1979 com relatos de três pessoas que viram uma criatura desconhecida abandonar o local. Teaser trailer estupendo.


E deixo-vos por fim com um segundo trailer para o potencial blockbuster do realizador de "The Hangover", Todd Philips, "DUE DATE", com Downey, Jr. e Galifianakis, a estrear no Natal. Um segundo trailer, por sinal, bem mais engraçado que o primeiro:

Revisão de Televisão em 2010: Parte 2

A nova temporada televisiva já começou e eu preciso mesmo de arrumar com a minha revisão das temporadas das séries em 2010. Vou então proceder à revisão das séries que vi em 2010 de seguida, em quatro posts (já disponível: #31-40;  ainda para vir: #11-20 e #1-10). Espero que deixem ficar a vossa opinião.






#30. UGLY BETTY

Temporada: 4
Nota: B

Crítica: Sinto-me tão triste e ao mesmo tempo tão aliviado que esta série tenha acabado. Triste, primeiro, porque são personagens às quais me habituei, que me fizeram rir imenso desde o primeiro episódio, personagens com as quais me identifico, que ao contrário de outras séries sempre exibiram de peito aberto os seus defeitos e sempre demonstraram as suas qualidades. Mas aliviado que a série vá antes de entrar no declínio, antes de perder todas as qualidades que lhe eram reconhecidas. E contente sobretudo porque encerrou bem a grande parte das histórias que tinha para contar. A Betty deixou de ser feia, mas é a "Ugly" Betty e não propriamente a nova, melhorada Betty, que vai ficar na minha memória para sempre.

Melhor Episódio: "All the World's a Stage", o quarto a contar do fim (4.16, B+).
Quem sobressaiu: Vanessa Williams foi de tudo na sua última temporada e se dependesse de mim, ela levava o Emmy este ano (porque ainda vamos ter mais três anos de Jane Lynch a fazer o mesmo que fez este), mas tenho mesmo que escolher Michael Urie, porque surpreendeu-me imenso.



#29. PARTY DOWN

Temporada: 2
Nota: B

Crítica: Outra série que foi cancelada a meio do ano e que não devia ter sido (a outra foi "Better Off Ted"). Uma comédia inteligente, sofisticada, de jeito algum para todos os gostos mas isso era o que a tornava tão especial. Jane Lynch partiu e a série ressentiu-se ainda mais do que já tinha mostrado na primeira temporada, não em termos qualitativos mas sim em termos de audiências e o Starz optou por cancelar. Lamentamos, até porque esta pequena série sobre Hollywood wannabees que em vez de continuarem a sua carreira como actores viram empregados de 'catering' começava a tornar-se um dos meus prazeres semanais. Contudo, o talento comédico e brilho mostrado por Lizzy Caplan, Adam Scott e Ken Marino serão certamente aproveitados por outras séries num futuro muito próximo.

Melhor Episódio: Empate técnico entre "Joel Munt's Big Deal Party!" (2.08, B+) e "Costance Carmell Wedding", o final de temporada (2.10, A-).
Quem sobressaiu: Lizzy Caplan e Adam Scott estavam ambos maravilhosos.



#28. DESPERATE HOUSEWIVES

Temporada: 6
Nota: B

Crítica: Uma temporada muito confusa e com poucos episódios de qualidade. Felizmente, há tanto a acontecer ao mesmo tempo que por vezes nem reparamos que o episódio entra em declínio artístico. Não foi uma boa temporada de "Desperate Housewives" e até devia ser mais B- do que B. Mas como o meu C+ para "Entourage" foi de castigo pela queda substancial e progressiva de qualidade, também o meu B aqui é uma espécie de incentivo pela melhoria clara de nível entre as últimas duas temporadas e esta. Claro que não se pode pedir que Marc Cherry volte aos bons velhos tempos da primeira temporada, mas melhorar ainda um pouco mais é possível. Pode ser que com a chegada iminente de Vanessa Williams (realmente, conseguiam pensar num follow-up melhor a Wilhelmina Slater que este?) as coisas aqueçam. De resto, uma temporada em que só Hatcher e Longoria é que parece terem aparecido para trabalhar, pois Huffman e Cross não tiveram uma única história de jeito para brilhar, com muito menos drama que o costume e com vizinhos novos muito mais animados (Drea de Matteo foi uma excelente adição que infelizmente já se vai embora).

Melhor Episódio: "The Coffee Cup" (6.08, B+) é o melhorzinho.
Quem sobressaiu: Eva Longoria Parker fez-me rir quase sempre que surgia no ecrã.



#27. 30 ROCK

Temporada: 4
Nota: B

Crítica: Grandes séries também sofrem de problemas de manutenção de qualidade e era óbvio que mais cedo ou mais tarde "30 Rock" também passaria por isso. Esta quarta temporada correu bem longe do desejável, com episódios fantásticos e episódios horrorosos, com convidados excepcionais (Hamm, Sheen, Banks) e com convidados dispensáveis (Jackson, Moore), mais iô-iô a série que o próprio Tracy Jordan. Mas também se tem que dizer uma coisa: "30 Rock", mesmo longe do seu melhor, providencia ainda muito mais divertimento que 60-70% das séries que para aí andam.

Melhor Episódio: A sequência final de episódios do fim de temporada seria uma boa escolha, mas o duo de episódios a seguir ao Ano Novo, "Klaus and Greta" e "Black Night Attack" (com Jenna Maroney a fazer audição para "Gossip Girl") foram ambos sensacionais e a melhor forma de eu recuperar fé nesta grande série (4.09 e 4.10, B+/B+)
Quem sobressaiu: Tina Fey. "Tina, Tina, Tina", como Baldwin teria referido.



#26. UNITED STATES OF TARA

Temporada: 2
Nota: B

Crítica: Tenho que começar por dizer desde já que me custa definir aquilo que eu tanto aprecio em "United States of Tara". A protagonista é absolutamente irritante. A família tem incontáveis defeitos. A irmã é insuportável. A maioria das histórias tem um pano de fundo ridículo (Diablo Cody, devolve esse Óscar!). Ainda assim, fico sempre fascinado com o decorrer das coisas. Toni Collette faz maravilhas com um papel tão tridimensional que nas mãos de outra actriz poderia parecer uma caricatura tão baratucha quanto estereotipada. Keir Gilchrist e Brie Larson formam uma dupla de filhos extraordinária e se eu mandasse ambos teriam nomeações para os Emmy. E não posso esquecer Rosemarie DeWitt. É a segunda variação de irmã que eu a vejo interpretar (a primeira eu já adorei, em "Rachel Getting Married") e as duas não podiam ser mais diferentes, o que só prova que a actriz tem mérito na análise da personagem que faz. Tudo considerado, uma temporada mais fraca que a anterior e muito mais dramática (o que me leva a ficar irritado ainda mais cada vez que falam dela como comédia, que não o é) e onde a unidade familiar foi o grande foco.

Melhor Episódio: sem qualquer dúvida, "Torando!" (2.06, B+). Cerca de uma dezena de pessoas presas numa cave e cinco são a mesma pessoa? Demais.
Quem sobressaiu: Toni Collette é sempre o óbvio, mas vou dizer Keir Gilchrist. Adorei cada minuto da sua interpretação.



#25. NURSE JACKIE

Temporada: 2
Nota: B/B+

Crítica: Se a primeira temporada do The Edie Falco Show já me tinha impressionado, a segunda tirou-me o chão debaixo dos meus pés. Tão imprevisível, tão séria quanto divertida, tão aplicável ao nosso quotidiano, a série sobre esta enfermeira tão fora do vulgar cresceu no seu segundo ano e muito se deve ao grande desenvolvimento dado aos personagens secundários, em especial à Dr. O'Hara (Eve Best), a Zoey (Merritt Wever) e ao Dr. Cooper (Peter Facinelli). Não é por nada, mas Holland Taylor ser nomeada para um Emmy e uma destas senhoras não é um verdadeiro sacrilégio. De resto, "Nurse Jackie" nunca foi uma comédia nem Edie Falco está a interpretar comicamente (como muito bem disse no seu discurso de vencedora do Emmy) mas a verdade é que a série doseia muito bem o dramático com o cómico e nunca cai no exagero para uma série do tipo (coff Grey's Anatomy coff) por isso merece os meus parabéns.

Melhor Episódio: Parece cliché dizer este mas eu gostei muito dos três episódios finais, em particular do final de temporada, "Years of Service" (2.12, A-).
Quem sobressaiu: Merritt Wever. Não há sequer discussão.


#24. THE BIG BANG THEORY

Temporada: 3
Nota: B/B+

Crítica: Não me entendam mal, eu adoro estes nerds/geeks. Aliás, considero o Dr. Sheldon Cooper uma das melhores invenções que a CBS alguma vez já nos trouxe, tal como Barney Stinson. Além disso, choca-me que alguém que produz e escreve os guiões de "Two and a Half Men" possa ao mesmo tempo criar algo tão genuíno e especial como "The Big Bang Theory". Contudo, não acho (e nunca achei) a série assim tão brilhante como alguns a postulam. Sim, Jim Parsons é excelente, mas isso já sabemos nós há dois anos. Sim, a série é uma comédia bastante divertida e consistentemente engraçada, cheia de referências a jogos, filmes e séries de televisão que deliciam os fãs mais hardcore da ficção científica. Ainda assim, não é suficiente. Dito isto, são sempre 20 minutos que adoro passar cada semana com estas personagens.

Melhor Episódio: O óbvio seria dizer "The Pants Alternative" ou "The Maternal Congruence", mas vou pegar em "The Precious Fragmentation" (3.17, B+).
Quem sobressaiu: Jim Parsons, a estrela da série.



#23. HUMAN TARGET

Temporada: 1
Nota: B/B+

Crítica: Como descrever uma série de acção pura com tanta qualidade como "Human Target"? E que consegue ser tão diferente da outra grande série de acção que curiosamente termina na FOX quando esta começa, "24"? Talvez comece pelo facto da série só ter tido 12 episódios, condensando a acção. Talvez seja pelo facto de Mark Valley nos apresentar uma interpretação surpreendentemente fabulosa, muito superior à de Kiefer Sutherland. E também terá a ver com um elenco de suporte extraordinário. E além de ser um drama de acção de elevado quilate, tem histórias interessantes e diversificadas semana após semana. Parabéns ainda a quem criou aquele genérico fenomenal. E antes que a FOX portuguesa (e a AXN, adivinha-se) gaste todo o seu tempo em promoção desta série quando ela para cá vier, que todo o mundo se lembre que eu já cá a elogiava quando pouca gente a conhecia.

Melhor Episódio: todos foram bons, embora para mim "Rewind" (1.02, B+) tenha sido o melhor de todos.
Quem sobressaiu: um chorrilho de actores convidados de grande qualidade e, claro, Mark Valley, num papel que parece ter sido criado para ele.



#22. DAMAGES

Temporada: 3
Nota: B/B+

Crítica: Uma série complicada de nos deixar excitados mas que na verdade é sempre de uma qualidade incontestável (agora suplantada, na minha opinião, por "The Good Wife") é "Damages" e foi com muito entusiasmo que aplaudi a compra de uma nova temporada da série pela DirecTV, que já havia salvo "Friday Night Lights" de um fim prematuro. Patty Hewes foi visceralmente rude e feroz esta temporada, mais do que em qualquer uma das outras duas, mostrando uma crueldade só a par com a vulnerabilidade que também exibiu nalguns dos episódios. Close no seu melhor, portanto. Rose Byrne manteve a consistência na sua Helen e, não sendo, como de costume, um dos destaques de cada episódio, é sempre uma interpretação confortante, de carisma e brilho assegurado, se bem que sempre a perder para Close em protagonismo. O terceiro MVP da temporada foi Martin Short, finalmente um rival à altura de Close, que jogou muito bem com a sua caracterização low-profile, cuidada, numa primeira instância da temporada e que depois aproveitou bem a reviravolta da sua personagem para mostrar todo o seu talento. Uma temporada de altos e baixos, com alguns episódios para os quais eu tinha grandes expectativas a falhar ("Your Secrets Are Safe" sendo o mais flagrante) e alguns que me apanharam de surpresa (o final de temporada, que seria um final adequado à série, tivesse ela acabado), mas no fim de contas, um drama bastante bom com uma interpretação monstruosa da sua protagonista (que perdeu o Emmy este ano).

Melhor Episódio: "The Next One's Gonna Go In Your Throat" (3.13, B+), o último episódio desta temporada.
Quem sobressaiu: Martin Short ou Glenn Close, escolham vocês. Provavelmente o primeiro.


#21. CALIFORNICATION

Temporada: 3
Nota: B/B+

Crítica: Não há outra série igual a "Californication". Não há, é escusado. Esta terceira temporada foi uma melhoria significativa em relação a uma segunda muito cinzenta que quase me levou a desistir da série depois daquela formidável primeira temporada. O nosso anti-herói Hank passou realmente um bom bocado este ano, levando para a cama (quase) todo o rabo de saias que lhe apareceu pela frente e conduzindo obviamente a break-ups hilariantes. Que o homem é um íman sexual, isso não se discute. O que me interessa discutir - e que espero ser o ponto de partida para a quarta temporada - é que o homem lá dentro está em cacos e que esta promiscuidade não pode durar para sempre. Nem a filha deixa. Todavia, foi realmente divertido ver as peripécias de Hank como professor (em mais que uma maneira, se é que me entendem). David Duchovny à parte, o que realmente saltou à vista esta temporada foram as interpretações dos convidados, desde Peter Gallagher a Kathleen Turner. Excelentes, todos eles, ajudando a colocar esta série de novo no topo.

Melhor Episódio: a dupla "So Here's The Thing" e "The Apartment" (3.07 e 3.08, A-/B+).
Quem sobressaiu: eu sou tendencioso para Peter Gallagher depois de The O.C., portanto vou dizer... Diane Farr. Ou Kathleen Turner.

Personagens do Cinema - Roger "Verbal" Kint



"Who is Keyser Soze? He is supposed to be Turkish. Some say his father was German. Nobody believed he was real. Nobody ever saw him or knew anybody that ever worked directly for him, but to hear Kobayashi tell it, anybody could have worked for Soze. You never knew. That was his power. The greatest trick the Devil ever pulled was convincing the world he didn't exist. And like that, poof. He's gone."



Aceito que alguns considerem esta escolha controversa. Mas eu adoro Kevin Spacey, adoro o filme The Usual Suspects e senti um prazer enorme ao ver Roger Kint enganar-me durante todo o filme e, no final, ainda se rir de mim com toda a categoria.


Num dos grandes filmes da década de 90, vencedor do Oscar para Melhor Actor Secundário (para Kevin Spacey) e de Melhor Argumento Original (Christopher McQuarrie), é nos dada a conhecer a investigação policial levada a cabo por Dave Kujan (Palminteri) após ter sido descoberto um barco destruído na doca de São Pedro, California juntamente com mais de duas dezenas de homens mortos e muitos milhões de dolares desaparecidos.


Apenas se encontram dois sobreviventes junto ao local: Um Hungaro, que identifica Keyser Söze (um conhecido mafioso turco) como sendo o responsável por tal atentado, e Roger 'Verbal' Kint que desde logo se mostra disposto a colaborar com a polícia. Juntamente com outros grandes nomes do cinema (Gabriel Byrne, Stephen Baldwin, Kevin Pollack e Benicio Del Toro) Roger cria uma história fantástica, de uma mestria impressionante nos campos da mentira e da imaginação, arrastando consigo não só Dave Kujan mas também o espectador para um final surpreendente.


Não vos quero revelar muito mais porque o filme é imperdível e vale a pena ser visto sem se saber muito sobre ele. The Usual Suspects é todo ele um sucesso, capaz de fazer as delícias não só dos fans dos thrillers policiais como também dos fans do cinema com qualidade. E se é recordado com saudade e admiração, deve-o totalmente a Roger "Verbal" Kint.

Takeshi Kitano - KIKUJIRO (1999)



Mais uma obra-de-arte. Cada vez mais me convenço que um filme de Takeshi Kitano é sempre um filme marcante, único e incomparável.

Em Kikujiro somos confrontados com uma realidade distinta das relatadas nos dois filmes anteriores sobre os quais vos falei. Takeshi Kitano volta a realizar, escrever e protagonizar mais uma grande história, real e habitual, que aos olhos de muito certamente passará completamente despercebida.


Como já antes referi, Takeshi Kitano é um realizador sem preconceitos, sem falinhas mansas, sem floreados ou rodeios. Não nos conta histórias da carochinha e leva muito a sério o seu espectador. É um realizador que não gosta de perder nem de fazer perder tempo. E em Kikujiro temos mais uma boa prova disso.

O filme conta-nos a história de Masao, um rapaz que vive em Tokyo com a avó. Abandonado pela mãe (que acredita te-lo abandonado para lhe dar uma vida melhor) e órfão do seu pai, vê todos os seus colegas partirem em família para as tão aguardadas férias de verão. É na monotonia dos seus primeiros dias de férias, que decide aproveitar para visitar a sua mãe (que nunca viu a não ser apenas em fotos) em Toyohashi.


Ainda na cidade de Tokyo, e enquanto está a ser assaltado por um grupo de adolescentes, é ajudado por Kikujiro (Takeshi Kitano) e pela sua Mulher (um casal muito amigo da sua avó), que lhe devolvem o dinheiro que lhe iria ser roubado. Ao sabere dos planos do menino, a Sra. Kikujiro obriga o seu marido a acompanhar o rapaz nesta enorme e difícil jornada. Com cinquenta mil yenes partem para uma viagem que tem tudo para não correr como o esperado.

Kikujiro é uma criança em ponto grande, um homem que facilmente se deixa levar pela tentação dos seus vícios. Rapidamente perde todos os yenes que lhe haviam sido entregues pela mulher para os custos da viagem, em ridículas apostas de corridas de ciclistas. Alheio a todo este tipo de contrariedades, Masao segue sempre alegre, não deixando de sonhar com o dia em que verá a sua mãe. Numa espécie de Road-Trip de quem sabe fazer filmes, Takeshi Kitano vai-nos confrontando com algumas surpresas, principalmente no que toca à controversa personagem que desempenha neste filme.



Mais uma vez com uma banda-sonora constituída praticamente por uma única música, que vos aconselho vivamente a ouvir, somos embalados pelo som dos violinos que marcam os momentos mais intensos deste filme. Acho que a escolha é acertada e que é a forma ideal de ter o espectador sempre atento e em sintonía com o filme. Com Takeshi Kitano percebi que, uma banda sonora de uma única melodia, resulta, na grande maioria das vezes, muito melhor do que um conjunto de músicas quase sem relação com a história do filme. Quanto à banda-sonora, volto a atribuir A.


Nota Final: B+

Trailer:



Informação Adicional:
Realização: Takeshi Kitano
Argumento: Takeshi Kitano
Ano: 1999
Duração: 121 minutos

DIARIOS DE MOTOCICLETA (2004)

"You gotta fight for every breath and tell death to go to hell"


Com Gael García Bernal no papel de Ernesto "Fuser" Guevara, Diarios de Motocicleta é um filme que relata a grande viagem que este revolucionário fez antes de conhecer Fidel Castro e se tornar um dos líderes da revolução Cubana, partindo desde Buenos Aires e percorrendo toda a costa ocidental da América do Sul, num total de oito mil milhas.



Em Diarios de Motocicleta, vemos um Che diferente daquele a que as fotografias lendárias nos habituaram. Ernesto é um jovem médico, recém-formado, que deixou de sentir estímulo e vontade de permanecer em Buenos Aires, considerando que iria perder a sua vida se se conformasse com o que tinha (uma familia de classe média que não passava dificuldades).


Com um espirito bastante aberto à aventura decide que, antes de se iniciar na vida médica, tem que fazer uma viagem ao longo da América do Sul, para assim conhecer novas realidades, se enriquecer e se tornar um médico mais humano e mais compreensivel, de forma a conseguir tocar na essência daquilo que é a medicina: Ajuda os outros a sentirem-se bem. Juntamente com o seu amigo de longa data Alberto Granado (Rodrigo De la Serna), arrancam na velinha La Poderosa, e partem à aventura.


Num filme com grandes interpretações tanto por parte de Gael García Bernal (um dos actores que mais admiros da nova geração!) como de Alberto Granado, somos completamente abraçados por paisagens paradisíacas, locais inóspitos e populações desconhecidas, obtendo um retrato muito fiel (num argumento adaptado a partir dos diários escritos pelo próprio Ernesto Guevara ) daquela que foi a viagem que transformou Ernesto Guevara de la Serna no admirado e histórico líder Ernesto Che Guevara.


Nota Final: A-

Trailer:




Informação Adicional:

Realização: Walter Salles
Argumento: Adaptado por Jose Rivera, a partir dos diários de Ernesto Guevara e Alberto Granado
Ano: 2004
Duração: 126 minutos

Personagens do Cinema - Derek Vinyard


O ponto alto da carreira de Edward Norton. Um actor que nos ultimos anos tem andado desaparecido dos grandes papeis (o Ilusionista terá sido o seu ultimo filme digno de registo), mas cuja prestação neste filme fortíssimo lhe valeu a nomeação para melhor actor principal nos Oscars de 1999 (perdendo a estatueta dourada para o, também ele, grande papel de Roberto Benigni em A Vida é Bela).



Derek Vinyard é uma personagem ambígua. É uma personagem que assuma um papel e uma personalidade opostas. Inicialmente é um elemento da extrema direita, defende fervorosamente os ideiais em que acredita, até que um dia se excede e os seus actos (uma das cenas mais memoráveis do cinema) acabam por o levar à prisão. Aí Derek sofre e enfrenta uma realidade diferente daquela a que estava habituado.


Passado 3 anos, é um homem novo. Decidido a evitar que o seu irmão mais novo, Danny Vinyard (Edward Furlong), acabe por levar a vingança da prisão de Derek longe demais, este sente pela primeira vez o reverso de uma medalha que julgava dominar perfeitamente. Ao longo de um filme extremamente comovente, Derek luta com todas as armas para transformar Danny num rapaz diferente daquele em que, ele próprio, haveria moldado anos antes.

Derek Vinyard é O papelão de Edward Norton! Uma oportunidade unica numa carreira, que Edward agarrou com unhas e dentes e lhe permitiu um lugar de destaque, para sempre, na história do cinema.

Séries - Only Fools and Horses


Only Fools and Horses é uma das grandes séries da BritCom. Se fizerem uma pesquisa por vários sítios da Internet, vão perceber que a adoração pela série é tal que, muitos destes sites, não hesitam em considerá-la a melhor série de sempre da BritCom. Embora este tema seja bastante discutível e controverso (para muitos não existiría BritCom se não tivessem existido os Monty Python), Only Fools and Horses é uma delicia e, mesmo não sendo a melhor de sempre, será para sempre lembrada como um dos pontos altos da comédia de Inglaterra.


A série que deu origem à série portuguesa Os Fura Vidas, a minha série favorita de comédia em Portugal, é um original (claramente) melhor do que a cópia portuguesa. Del Boy (David Jason) é um falhado. Um visionário e um empreendedor, mas que estará para sempre condenado ao fracasso. O típico "Chico-Esperto" com a mania que engana todo o mundo e cujas negociatas têm sempre sucesso garantido. Arrasta consigo o seu inocente, ignorante e influenciável irmão Rodney Trotter (Nicholas Lyndhurst) que vê no irmão mais velho um herói, que o salvou da miséria após a morte da mãe e o abandono do pai. Com eles, e completando o elenco da série, temos o Avô (Lennard Pierce) que mais tarde, após a sua morte, foi substítuido pelo Uncle Trotter (Buster Merryfield).


Uma série criada por John Sullivan, tem como prova da sua qualidade os 14 anos que se aguentou na televisão britânica, sempre com uma boa receptividade por parte do público. Os 9,4 do imdb.com são também um ponto a seu favor. Para nós portugueses, tão bem habituados ao típico portuguesinho, capaz de tudo para conseguir subir na vida mesmo que de uma forma desonesta, Only Fools and Horses é um belo retrato das nossa familias e, certamente muitos de vós irão encontrar nesta série algumas situações que vos serão familiares.

Grandes Divas do Ecrã

Meryl Streep é a Rainha do Universo. Vá, pelo menos do Cinema. Disso não haja dúvida. O que surpreende muita gente é que, quando tentam vasculhar pela filmografia dela, embora o número de dramas seja infinitamente superior ao de comédias, é nas comédias que ela consegue as suas melhores interpretações. É notável. Nesta rubrica já nos referimos a uma das suas interpretações ("Devil Wears Prada") e a ela voltamos em mais uma "Grandes Divas do Ecrã"...


Madeline Ashton em "Death Becomes Her" (1992):


Madeline Ashton: [reading the title of Helen's new book] "Forever Young?"
Rose: I like that title.
Madeline Ashton: [Cackling] "Ah, forever young... and eternally fat."


Madeline: "Could you just NOT breathe?!"


[Helen has a gaping hole in her abdomen]
Madeline Ashton: "You're a fraud, Helen! You're a walking lie and I can see right through you. Speaking of which, as a friend, some advice. I would stay out of bathing suits for a while. At least a two-piece."



E poderíamos ir buscar muitos mais exemplos só deste filme, que é um poço de bitchy moments. Se não viram, aconselho a ver. Até porque a nossa retrospectiva da filmografia de Meryl Streep começa dentro de dias. Não vão querer perder.

Grandes Posters: the James Cameron edition

Bem, decidi eu pegar no James Cameron e nos posters dos filmes dele para a rubrica desta semana. Isto porquê? Porque nunca nenhum dos posters dele fez grande coisa por mim. Não os acho nada de especial. E vocês, que pensam?


"Avatar" (2009)


"Titanic" (1997)


"True Lies" (1994)


"Terminator 2: Judgement Day" (1991)

"The Abyss" (1989)


"Aliens" (1986)


"Terminator" (1984)


E o título que James Cameron mais queria que alguém se esquecesse na carreira dele...


"Piranha II: The Spawning" (1981)
(com o magnífico score de 3,4 no IMDb)

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