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DIAL P FOR POPCORN

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LES MISÉRABLES (2012)


Sem grandes problemas em afirmar-vos que este é um dos melhores filmes de 2013 (a ocupar um lugar de destaque nos meus 5 favoritos), Les Misérables surpreendeu-me a todos os níveis. Como habitualmente, fui para a sala de cinema apenas com as imagens do portentoso trailer de divulgação (sem críticas, sem opiniões pré-concebidas, sem preconceitos), num filme que tinha tudo para ser um tiro nos dois pés de Tom Hooper, uma tentativa falhada de fazer algo de grandioso e memorável. No entanto, tal como aconteceu com The King's Speech, Tom Hooper foi capaz de me provar que é um realizador a ter em conta, com um estilo muito próprio e um arrojo nos seus projectos (com um profundo sentimento histórico) que merecem o meu crédito e admiração.


Mas isto é apenas o princípio de um filme que, não tenho dúvida, ficará para a história. O musical é sempre um filme com algum risco. Nem sempre as massas aderem bem (na minha sala, como certamente em todas as salas deste país, saíram pessoas ao fim da primeira meia hora de filme), torna-se mais difícil acompanhar a dinâmica da história, quase sem interrupções ou tempo mortos e é, mais do que em qualquer outro género, completamente dependente da qualidade dos actores. E aqui começa o princípio do sucesso de Les Misérables. Um elenco escolhido com critério, que corresponde às expectativas e às exigências do argumento. Em especial, Hugh Jackman. Deixem-me que vos fale dele. Com os primeiros 15 minutos de filme, pagou o dinheiro do meu bilhete. E, mais do que isso, convenceu-me de que merecia um reconhecimento pelo fantástico trabalho de representação que emprega durante os 157 minutos de filme. É a grande estrela do filme, é a personagem à volta da qual cresce toda a história. Não existisse um Daniel Day-Lewis a representar um dos maiores heróis dos Estados Unidos, em Lincoln de Spielberg, e eu não teria dúvidas (apesar da permanente capacidade da Academia em premiar mediocridade), que o Oscar de 2013 para Melhor Actor Principal seria de Hugh Jackman. Mesmo que não vença, Hugh Jackman prova, em Les Misérables, que é provavelmente o mais versátil actor de actualidade. Nunca o sonhei na pele de Jean Valjean, mas depois de ver o filme, não imagino nenhum outro actor para ocupar este poderosíssimo personagem.


Mas há mais, muito mais. Poderia ocupar vários parágrafos a falar-vos de tudo o que de extraordinário tem esta história, mas quero (exijo) que o façam numa sala de cinema. Para além de Hugh Jackman, Les Misérables tem Russell Crowe, Anne Hathaway, Sacha Baron Cohen, Helena Bonham Carter, Eddie Redmayne, Amanda Seyfried, Samantha Barks e Aaron Tveit. E há uma banda-sonora que se ouve vezes sem conta, interpretada directamente para o espectador, sem efeitos sonoros ou adornos em estúdio, sem masterização, num esforço de representação que merece respeito e admiração. Vai ser um dos filmes mais vistos do ano (uma semana depois da sua estreia, a sala de cinema continuava cheia) e um dos mais premiados nas cerimónias que aí vêm. A mim não me deixou dúvidas. Vai ser um dos meus favoritos de 2012.

Nota Final: 
A-

LES MISÉRABLES, de Tom Hooper, ganha teaser trailer


E honestamente era o melhor teaser que alguém podia ter pedido. Ao som de Anne Hathaway - que interpreta Fantine, uma das personagens chave de "Les Misérables", peça célebre e clássica da Broadway baseada no romance homónimo de Victor Hugo - enquanto esta canta de forma trágica e comovente a épica "I Dreamed a Dream" (haverá melhor clipe de Óscar que este?), os personagens principais da nova trama de Tom Hooper (vencedor do Óscar de Melhor Realizador por "The King's Speech") vão passando pelo ecrã: Hugh Jackman, Anne Hathaway, Russell Crowe, Amanda Seyfried, Samantha Barks, Sacha Baron Cohen, Helena Bonham-Carter e Eddie Redmayne, entre outros.

Um musical que muitos consideram sagrado e impróprio para a grande tela, "LES MISÉRABLES" é um dos grandes projectos do ano, com muito a seu favor e contra. Se resultar, temos nele o principal candidato aos Óscares de 2012. Se não resultar... Bem, pelo menos teremos a possibilidade de ver finalmente Hathaway e Jackman (e Crowe, porque não) mostrar o que as suas vozes valem no grande ecrã. Eu já fico contente só por terem optado por Seyfried (provas dadas no cinema) e Barks (provas dadas no teatro de West End) em vez de Taylor Swift e Lea Michele, que durante muito tempo foram consideradas para os dois papéis (a segunda, possivelmente, seria uma excelente Éponine).

De qualquer forma, o trailer deixa-me bastante optimista em relação ao sucesso do filme e, mais que isso, garante-me que provavelmente Hathaway será a concorrente a bater pelo Óscar de Actriz Secundária (o que, dado o meu apreço pelo seu trabalho nomeado de 2008 - seria a minha vencedora do Óscar esse ano - me deixa bastante agradado).

E vocês, que pensam do filme? Excitados por verem LES MISÉRABLES no cinema?